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Para superar o luto mãe dormiu por 12 dias ao lado de filha natimorta

Em Londres, na Inglaterra, uma mãe dormiu por 12 dias ao lado de sua filha natimorta como forma de aliviar a dor do luto e contou como foi sua experiência.

Não é nada fácil viver o luto de um filho. Amy Dutch, de 25 anos, é uma mãe que dormiu por 12 dias com sua filha natimorta. Amy sofreu muito com a dor do luto. Por esse motivo, foi permitido que ela levasse para sua casa, a filha Alicia-Mae, 12 dias antes do funeral acontecer. A bebê nasceu de apenas 23 semanas.

A jovem mãe concedeu uma entrevista ao The Sun, e contou que para proporcionar a preservação do corpo ela tinha um berço refrigerado. Durante o período que ela passou ao lado de sua filha, ela leu histórias e cantou para a bebê que já não estava mais viva.

Uma das músicas cantadas por ela foi a “You Are My Sunshine”, que inclusive foi tocada durante o funeral da criança. Residente de Londres, na Inglaterra, a mãe pode tirar inúmeras fotos, e passou dias dormindo ao lado de sua bebê morta. Primeiramente ela dormiu ao lado da bebê no hospital e posteriormente em sua residência.

Durante toda a gravidez, estive fixada na imagem de uma cesta, um moisés, na minha cama e, em seguida, acordar com meu bebê chorando… EEssa imagem nunca se concretizou, mas o fato de que eu ainda poderia fazer metade dela se tornar realidade realmente aqueceu meu coração, que eu pensei que tinham morrido com a Alicia; Amy disse ao The Sun.

Ela ainda falou durante a entrevista, que embora muitas pessoas possam olhar com estranheza a ideia de permanecer vários dias ao lado de um natimorto foi o meio que ela encontrou para aprender a lidar com a dor que sente. Amy trabalha com vendas on-line de itens artesanais, passou parte do seu tempo costurando um vestido para sua bebezinha.

Levá-la para casa me permitiu fazer a troca de roupa e cobertores, ser ativamente mãe… Agora tenho fotos da minha filha no meu quarto e isso me enche de alegria. Havia algo extremamente reconfortante em vê-la em casa. Sua jornada parecia mais completa.

Foi em novembro de 2020 que Amy descobriu que estava grávida. Na ocasião ela vivia na Turquia. Lá, ela atuava em uma instituição caridosa responsável por cuidar de animais. Ela morava com Emced Rihavi, seu namorado.

Quando o teste deu positivo, eu fiquei muito animada e imediatamente tomei providências para voltar à Inglaterra para o Natal e contar a todos.

Porém, com a pandemia da Covid-19, Amy não pode retornar à Turquia, pois o voo foi cancelado, e viagens aéreas não poderiam ser retomadas até que ela estivesse com seis meses de gestação.

A gravidez foi difícil, mas linda. Fiquei doente o tempo todo, não passava um dia sem vomitar pelo menos uma vez. Eu tinha dor no nervo ciático, alterações de humor e suspeita de pré-eclâmpsia. “Nosso bebê cresceu rápido e bem, ela era ativa e quando descobri que ela era uma menina no exame de 20 semanas, fiquei emocionada.

Mãe dormiu ao lado de natimorto por 12 dias antes do funeral

Amy deu à luz no dia 18 de abril de 2021.

Ela foi colocada em meus braços e o mundo inteiro parou… Eu segurei minha respiração apenas a esperando chorar, esperando que eles estivessem de alguma forma errados. Passei quatro dias com ela ao lado da minha cama no hospital. Eu me senti tão apegado a essa linda garotinha que criei, eu só queria mostrar ao mundo.

Após ter saído do hospital, a mãe visitava sua filha na casa funerária diariamente, entretanto, em pouco mais de uma semana ela se sentiu mal e não pode mais visitá-la. Sendo assim, Amy ganhou um berço refrigerado, para que dessa forma a bebê pudesse ser levada para a sua casa e ficar lá por 12 dias antes do funeral acontecer.

Para que Amy pudesse dormir ao lado do bebê, o berço foi montado ao lado da cama dela. Através de uma videochamada ela conseguiu permitir que Emced, na Turquia, visse sua filha.

Não há nada que alivia a dor de perder um bebê, mas a dádiva do tempo é algo extremamente importante”, disse a mãe. Alicia foi cremada e Amy planeja que suas cinzas sejam adicionadas às suas quando morrer, para que “possam descansar juntas.

Foto mostra o velório da bebê.
Reprodução: The Sun

Na Inglaterra, um porta-voz do King’s College Hospital afirmou que uma instituição de caridade doou os berços para o hospital.

Esses berços podem ajudar os pais durante um dos momentos mais difíceis de suas vidas, permitindo-lhes levar o bebê para casa enquanto enfrentam o impacto devastador de natimortos ou aborto espontâneo tardio. Muitos pais dizem que a experiência os ajuda a aceitar sua perda.

Fonte: Revista Crescer

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