Mãe tira a própria vida e pai é obrigado a contar para filha o que aconteceu
Mãe tira a própria vida e pai é obrigado a contar para filha o que aconteceu
O pai Joel Jenny, de 32 anos, de Brisbane, na Austrália, mesmo diante da perda doída da mãe de sua filha, teve ainda que contar para a menina o que tinha acontecido com a mãe dela.
Entretanto, a mãe da menina Beajay Phillips, de 25 anos, tirou a própria vida.
No momento do ocorrido, Joel estava cuidando de Macy, de três anos quando recebeu a notícia do falecimento.
Joel contou ao periódico Daily Mail que, além de ter de lidar com a difícil perda de Beajay, ainda teve que contar a filha o que aconteceu.
O fato
“Eu estava no telefone com Beajay até provavelmente às 11 ou 11h30 daquela noite. Ela parecia bem e estava me ajudando a colocar Macy para dormir”, disse. Na madrugada, ele acordou para ver como estava a filha e foi quando recebeu a notícia.
“Foi assustador. Não é algo que você possa se prepara para ouvir. Eu estava falando com ela duas horas antes e tudo estava perfeitamente bem. Eu estava em choque”, afirmou. Quando Macy começou a perguntar onde estava a mãe, ele viu que não poderia mentir para a menina.
“Eu meio que mudava de assunto até ter mais informações. No final, simplesmente não conseguia viver com a culpa de não contar a ela o que estava acontecendo. Levei-a para uma área tranquila e contei a ela. Minha mãe me ajudou com isso, e apenas expliquei o melhor que pude. Foi a coisa mais difícil que já tive que fazer na minha vida, foi de partir o coração. Com 3 anos, ela não compreende completamente”, afirmou.
Todavia, a morte cerebral de Beajay foi decretada no último dia 7, e os aparelhos foram desligados. Seus órgãos foram doados. Joel acredita que essa doação lhes trouxe um pouco de conforto nesse momento tão difícil pois pôde salvar vidas. Macy ainda não compreende o que aconteceu.
“Toda a vida dela mudou em questão de três semanas. Ela deixou de me ver todo segundo fim de semana de cada mês para ficar comigo em tempo integral. Houve algumas noites em que ela acordou gritando pela mãe”, concluiu Joel
Prevenção
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com recorrência, para que atos como esse não sejam estimulados. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o motivo que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Por fim, caso esteja passando por um período difícil procure o Centro de Valorização da Vida (CVV). Eles poderão te ajudar. O CVV atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.
Fonte:https://www.metropoles.com