Geral

Estudante viaja mais de 2 mil km para doar medula óssea

Giovanna decidiu que a distância não era problema para que ela deixasse de doar medula óssea e salvar a vida de uma pessoa desconhecida.

Doar medula óssea é um ato de amor. A estudante de psicologia Giovanna Venarusso Crosara, de apenas 24 anos, teve a decisão de abandonar o conforto de sua casa em Lins (SP), para fazer a doação de medula óssea e auxiliar para que uma vida seja salva no Recife, em Pernambuco.

Em agosto de 2016 ela decidiu realizar um cadastro no Redome que é o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, depois de ter assistido uma reportagem a respeito de um multirão que acontecia em uma faculdade de Bauru, que também fica no interior de São Paulo.

Reprodução: arquivo pessoal

Embora Giovanna tenha morado em diferentes estados, ela sempre manteve atualizado os seus dados no Redome.

O telefone de Giovanna tocou em outubro de 2020, era o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, entrando em contato com a jovem. Então ela recebeu a notícia de que era compatível com uma paciente e poderia doar a médula óssea. A estudante ficou surpresa, e agora precisou fazer mais um exame para confirmar a compatibilidade.

Uma amostra de sangue foi retirada de Giovanna por meio do hemocentro de Marília. Sendo assim, agora ficou comprovado que ela era realmente 100% compatível com o paciente que necessita do transplante de medula óssea.

Reprodução: arquivo pessoal

A estudante morava muito longe do paciente pela qual o exame apontou compatibilidade. Enquanto ela estava acertando a parte burocrática a jovem foi questionada se realmente desejava prosseguir com o processo voluntário. Mesmo diante de toda a distância, a futura psicóloga decidiu seguir a diante.

Processo para doar a medula óssea

O programa é o responsável por custear todas as despesas de Giovanna durante sua viagem para Recife. Sendo assim, ela viajou para o Recife e no dia 11 de janeiro fez mais alguns exames. Ela precisou retornar no dia 23, e assim foi realizado o transplante de medula óssea. Ela viajou acompanhada de uma amiga que ficou com ela durante todo o momento que ela esteve internada.

“Fiz exame de Covid, tomografia, exame de sangue e tomei uma injeção para estimular minha medula. Minha doação foi no dia 25, deram sedativo, fiz o procedimento e não vi nada, só acordei na salinha de recuperação”, contou.

Após receber a injeção para estimular a medula ela começou a sentir algumas dores na região lombar. Após a finalização da doação, ela sentia dor apenas no local em que o procedimento foi feito. Teve total assistência da equipe médica e no dia seguinte recebeu alta.

Após retornar para a casa ela ficou curiosa para saber quem seria a pessoa que recebeu a doação de sua medula.

Reprodução: arquivo pessoal

Como doar a medula óssea

Para ser um doador o primeiro passo é ligar para o hemocentro mais próximo e saber se é possível realizar o cadastro. O cadastro é nacional e por esse motivo há chances de que você seja compatível com alguém em algum lugar do Brasil.

Para realizar o cadastro o hemocentro colhe um pouco de sangue do doador e esse preenche uma ficha. O sangue passa por uma análise para que características genéticas sejam identificadas e assim eles façam uma comparação para saber com qual paciente você é compatível.

O cruzamento de dados é enviado para o Redome, que é responsável por fazer contato sempre que aparecer um paciente em que o mesmo apresenta compatibilidade com você. Nesse ponto, agora vai ser necessário só mais alguns exames para definir se a pessoa está apta para fazer a doação.

Fonte: Razões para Acreditar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo