Quatro irmãos de Pernambuco para não se separarem são adotados por casal americano
Desde a Constituição de 1988, a adoção no Brasil é vista como uma medida protetiva à criança e ao adolescente. Isso quer dizer que, muito além dos interesses dos adultos envolvidos, a adoção é um processo que prioriza o bem-estar das crianças e dos adolescentes que estão em situação de adoção. O ponto determinante para o juiz que julgará o processo de adoção é se o processo trará para a criança oportunidades de desenvolvimento físico, psicológico, educacional e social.
A adoção no Brasil é um processo demorado, pois há uma grande preocupação em salvaguardar as crianças e adolescentes que estão no CNA – Cadastro Nacional de Adoção.
Ocorre também que, em muitos casos os pretendentes a adoção querem já um perfil de criança estereotipado, na maioria das vezes, que não tenha mais de 9 anos e que não tenham irmãos.
Com as alterações que tiveram no processo de adoção, hoje o país prioriza a adoção de irmãos, para que eles não sejam separados.
Foi o que aconteceu há três anos atrás, com os norte americanos Brandon e Jennifer Pratt quando decidiram aumentar a família. O casal vive em Iowa, nos Estados Unidos, e optou pela adoção. Optaram que ela fosse aqui no Brasil e foram atrás as informações sobre o processo.
O casal apesar de não morar no país estava familiarizado com a nossa cultura, visto que a irmã de Jennifer casou-se com um brasileiro, com isso tomaram a iniciativa de iniciar o processo de adoção aqui mesmo no Brasil. Como gostariam de mais de um filho já optaram pela adoção de irmãos. “Nós optamos por adotar irmãos, pois sabíamos da dificuldade do processo de adoção e queríamos passar por tudo isso de uma só vez”, explicou Brandon ao site americano Achei USA.
O processo de adoção durou dois anos e meio e durante o processo Brandon e Jennifer contrataram uma agência de confiança para ajudá-los no processo. Após muita busca encontraram Leandro, Cristiano, Enzo e William, que tem entre 2 e 6 anos.
Os irmãos viviam juntos em um orfanato em Recife, Pernambuco, após a mãe perder a guarda deles por negligência. De acordo com os trâmites de adoção eles fizeram a adaptação obrigatória com as crianças que durou 30 dias, após adaptados, a família se mudou para os Estados Unidos No natal passado.
O pai das crianças relatou que mesmo as crianças não falarem inglês a adaptação foi boa e após meses vivendo com a família as crianças já estão integradas a rotina e progridem rapidamente no inglês.
“Estamos sempre atentos para oferecer aos meninos a maior quantidade de experiências possíveis. Nós vimos um grande progresso no idioma logo que chegamos aos EUA. Eles são meninos fáceis de lidar e a adaptação está sendo bem mais fácil do que imaginávamos”, finalizou o pai.