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Mãe da semana: Amanda Massari – Salve um coraçãozinho

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A história da mãe dessa semana chamou minha a atenção, pelo fato dela falar sobre um tema que nunca havia visto anteriormente, nos grupos em que participo. Fala sobre a necessidade da realização ECOCARDIOGRAMA –  exame de diagnóstico que utiliza um aparelho de ultrassom para verificar algumas características do coração, como tamanho, forma das válvulas, espessura do músculo e a capacidade de funcionamento.

Geralmente, o ecocardiograma é usado para identificar possível alterações no músculo cardíaco ou nas válvulas.

A realização desse exame, ainda na maternidade, antes da alta do bebê, se fosse obrigatório, poderia ser uma forma de salvar vidas.

Vale a pena conferir!!!

***

Em dezembro de 2014, eu e meu marido descobrimos que eu estava grávida do nosso terceiro filho. Para nossa alegria, dessa vez se tratava de uma menina; a Laura. Com 27 semanas de gestação, durante um exame chamado ultrassom com ecodoppler fetal colorido, um exame específico para ver a estrutura do coraçãozinho do bebê, a Laura foi diagnosticada com uma doença cardíaca chamada coarctação de aorta, uma má formação que cria um estreitamento da artéria aorta e a não distribuição do sangue por todo corpo.

Nós não tínhamos ideia do que isso queria dizer. A médica do laboratório, responsável pelo diagnóstico, entrou em contato com nosso obstetra e contou a ele a respeito do seu achado. É nesse ponto que tudo ficou muito perigoso. Ao irmos ao consultório do obstetra, ele nos disse de modo bastante claro, que certamente aquele resultado estava errado. Que em todos seus anos de experiência, ele jamais havia ouvido falar de tal doença durante um ultrassom gestacional. Então, ele pediu que repetíssemos o exame em outros dois laboratórios, também de referência, e ambos não encontraram a anomalia descoberta no primeiro exame. Diante disso, o obstetra tomou a decisão de descartar o primeiro exame do histórico do pré-natal.

Esse é o meu primeiro alerta: NÃO DESCARTE NENHUM EXAME DO PRÉ-NATAL. É preciso considerar todos. Absolutamente TODOS. Nós, como pais desesperados, como pais ansiosos, tudo que nós queríamos naquele momento era ouvir o que o nosso médico nos disse. Queríamos que ele nos dissesse que nossa bebê estava bem. Queríamos que ele nos dissesse que o primeiro exame estava errado, que era apenas um erro médico. Foi o que ele fez e nós acreditamos nele. Mas o tempo provaria o quanto ele estava errado. Devido ao baixo percentil nas últimas semanas da gestação, o parto foi agendado para o dia em que entraria na 38ª semana.

No dia 1º de agosto de 2015, a Laura nasceu na maior e mais bem preparada maternidade de São Paulo. Com 2.4kg e medindo 43.5cm, a Laura realizou todos os exames obrigatórios para que ela recebesse sua alta médica: teste do pezinho, do olhinho e da orelhinha. De modo surpreendente, a Laura saiu da maternidade pesando mais do que no momento de seu nascimento. A equipe de médicos e enfermeiras estava maravilhada, uma vez que o natural é o que bebê perca peso após nascer e não ganhe.

Então, no dia 9 de agosto, Dia dos Pais, com apenas 8 dias de vida, a Laura foi levada às pressas para o Hospital Sabará, o maior e melhor hospital infantil do País. Uma hora após nossa chegada, minha filha, que completava pouco mais de uma semana de vida, estava em coma induzido na UTI com um quadro gravíssimo de choque cardiogênico. O tal peso que minha filha ganhava mais a mais a cada dia, nada mais era do que líquido se acumulando em seu corpinho devido ao estreitamento da artéria aorta. Em 48h, as mais tensas e sofridas das nossas vidas, tínhamos o diagnóstico dos médicos em nossas mãos. Coarctação de aorta. Eu mal conseguia pronunciar o nome da doença. Eu apenas sabia, naquele momento, que se tratava do mesmo mal que havia aparecido meses atrás, num exame de ultrassom fetal descartado por nosso médico. A Laura foi operada emergencialmente e durante os 26 dias que passou no hospital, 21 deles foram na UTI. Ela esteve por 4 vezes no centro cirúrgico e por diversas vezes esteve muito perto de nos deixar.

Você não precisa passar pelo que eu passei. Por isso, além de não descartar nenhum exame do pré-natal, tenho o segundo alerta para você: EXIJA UM ECOCARDIOGRAMA NA MATERNIDADE. Hoje, o Ministério da Saúde já exige que seja realizado o Teste do Coraçãozinho nas maternidades e hospitais. Ele é um teste simples, rápido, não-invasivo e indolor ao bebê, que mede o quanto há de oxigênio no corpo do seu filho. Se o valor mostrado pelo oxímetro der abaixo de 95, em um total de 100, o bebê não pode receber alta da maternidade. A questão é: nem sempre esse exame realmente funciona, dependendo da cardiopatia que a criança apresenta. O único exame que pode descartar ou confirmar isso de modo mais preciso, é um ecocardiograma. Acontece que se trata de um exame caro para o hospital e para os planos de saúde. E hoje, as maternidades querem antecipar a alta das mães e dos bebês e não segurá-los lá por mais tempo. Eles trabalham como
verdadeiras linhas de produção. Se o seu filho ou a sua filha estiver respirando e mamando, vocês terão alta.

Agora, eu tenho um número assustador para você. Uma em cada 100 crianças – uma em cada 100 crianças – sofre de uma cardiopatia. 10% da mortalidade infantil é decorrente de uma cardiopatia. Minha filha levou oito dias para quase morrer disso. Em oito dias ela estava em choque. Rins parados. Pulmões encharcados. Sem pulsação nos membros inferiores do corpo. Infecção gravíssima. Exija que seja feito um ecocardiograma no seu filho recém-nascido. Mas não conte com a boa vontade das maternidades. Peça que o seu obstetra entregue um encaminhamento para o exame e leve-o para o hospital no momento do parto. Esse teste simples pode mudar a história do seu filho.
Nós precisamos falar sobre isso. Temos que fazer isso AGORA! Uma em cada 100 crianças nasce com uma má formação no coração e em estruturas relacionadas. Vamos juntos mudar essa realidade. Entre na página Salve Um Coraçãozinho e assine o abaixo assinado para que essa seja uma medida padrão em todas as maternidades. Curta esse vídeo, compartilhe e use a hashtag ‪#‎salveumcoracaozinho

‬Nossa página: https://www.facebook.com/salveumcoracaozinho

Assine a Petição, ajude-nos a salvar nossos bebês:https://secure.avaaz.org/po/petition/Ministro_Arthur_Chioro_Transformem_o_ecocardiograma_em_um_exame_neonatal_obrigatorio_no_Brasil/?nLAwKib

Obrigada,
Amanda Massari

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