Jovem ganha indenização milionária após processar médico por ter nascido com espinha bífida
A britânica Evie Toombes, de apenas 20 anos de idade entrou com um processo contra o clínico geral que prestava atendimentos a sua mãe antes dela ficar grávida, alegando que ele não informou a sobre a importância do ácido fólico durante a gravidez. Como resultado, Evie veio ao mundo com espinha bífida e a medula espinhal do bebê que não se desenvolve no útero e traz diversos problemas. E, uma decisão histórica da Suprema Corte de Londres, anunciada na última quinta-feira, 2 de dezembro, Evie ganhou o direito a uma indenização milionária.
Rosalind Coe, a juíza que deu apoio ao caso da jovem que, se a mãe da mesma, Caroline Toombes, atualmente com 50 anos de idade, tivesse recebidos todas as informações de forma correta sobre o papel do ácido fólico durante a gestação, informando sobre os problemas que podem ser desencadeado pela falta do mesmo, ela poderia ter adiado suas tentativas de ter um bebê.
Atualmente, apesar de ser um atleta reconhecimento no hipismo, Evie possui uma mobilidade bastante limitada, e a medida que foi envelhecendo, ela irá precisar fazer o uso de cadeira de rodas. Os advogados da jovem, relatam que ela está reivindicando nesse processo deve ser uma grande quantia, a fim de cobrir todos os custos de suas extensas necessidades de cuidados que ela já teve e que ainda irá ter durante a sua vida. O caso ainda será retornado ao tribunal para que o valor a ser pago da indenização seja definido — a menos que ocorra um acordo pelas partes fora do tribunal.
Inovadora, a decisão única da juíza Rosalind Coe abre um precedente para que, no país, um profissional da área da saúde possa ser considerado responsável caso haja negligência de sua parte nas orientações que der para mulheres antes da concepção, e em consequência disso, ela tenha um filho com uma grave condição de saúde.
Como foi o Julgamento que resultou em indenização milionária
O tribunal ouviu que, o mês de fevereiro de 2001, a mãe de Evie foi fazer uma visita ao médico Philip Mitchell no Hawthorn Medical Practine, para contar sobre os seus planos de ter seu primeiro filho. Susan Rodway, a advogada do caso, contou ao tribunal que a mãe de Evie estava muito ansiosa para começar a construir uma família após a perda de seus pais.
Mesmo tendo falado sobre o ácido fólico durante a consulta, a mãe de Evie insiste em que o profissional da saúde não alertou ela sobre a importância que o ácido tem para que a espinha bífida seja prevenida. Já p medicou se defendeu contando que era sua prática comum falar para os pais em potencial que 400 microgramas de ácido fólico deveriam ser tomados por aqueles que pretendem ter um filho e durante todo o primeiro trimestre de gestação.
Saiba mais a respeito do ácido fólico
Quando uma mulher conta ao profissional da saúde que tem a vontade de engravidar, a primeira coisa que deve ser recomendada a ela, é iniciar o ácido o quanto antes. É ideal que essa vitamina seja tomada pelo menos três meses antes da concepção, porém existe estudos que apontam que o ideal seria que toda mulher em uma idade fértil beba 400 microgramas desse ácido ao dia.
O ácido deve continuar sendo ingerido durante todo o primeiro trimestre da gestação, ele também pode ser encontrado em vegetais de folha verde-escura, frutas e grãos, porém não há quantidade suficiente para garantir que a coluna do bebê desenvolva-se corretamente.
Fonte: Wion