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Após bebê indígena morrer de desnutrição, Associação aponta descaso com saúde

Um bebê indígena de apenas três meses de vida morreu por conta de desnutrição e desidratação há cerca de 6 km do Distrito Sanitário Especial Indígena, localizado em São Félix do Araguia, cerca de 1.039 km de Cuiabá, na última segunda-feira, dia 29, de acordo com informações dadas por Luciene Karajá, conselheira local do Conselho Regional de Saúde Indígena.

A criança indígena estava sofrendo há 15 dias com diarreia. Ela já estava totalmente sem forças e veio a óbito devido a desnutrição, na Aldeia Santa Isabel. Eliana Karajá, de 51 anos de idade, é a presidente da ASIVA e desabafou falando sobre quão grande é o descanso. A criança doente, totalmente desnutrida e morre por conta disso, é muito difícil.

Houve uma redução em todos os gastos com a saúde de indígena, de acordo com as informações dadas pelos próprios funcionários. Inclusive, há pouco tempo houve uma discussão por causa disso e gerou uma repercussão.

Um conselheiro do Considi, Juanahu Iny Tori, questionou sobre os gastos com combustível para a realização de um curso de capacitação “Atenção Integradas as Doenças Prevalentes na Infância”, que acontece entre os dias 22 de 26 de novembro. Juanahu teria dado a sugestão de que o combustível devesse ser usado no transporte e no atendimento das crianças doentes ao invés de ser usada no curso.

Na gravação de voz, o coordenador do DSEI do Araguia, o suboficial reformado da Marinha, Ronalde de Barros Ramos, fala entre outras coisas, que os índios que foram citados não trabalha e não produzem nenhum topo de coisa e por isso devem aprender a trabalhar com as pessoas não indígenas. A Secretaria Especial de Saúde Indígena, através do Ministério da Saúde, informou que parte dessa conversa foi gravada não apresenta a totalidade do diálogo, que omite a parta da conversa que já está em andamento.

Associação emite note sobre morte de bebê indígena

A Associação Indígena do Vale do Araguia, emitiu uma nota de repúdio, onde afirma que “os relatos dos nossos parentes e que não é a primeira vez que isso acontece, do coordenador usar sua autoridade para humilhar os funcionários que são indígenas.

A ASIVA juntamente com o coletivo de mulheres iny vem manifestar todo o repúdio em decorrência frente a gravação de voz do coordenador do DSEI Araguia, o senhor Ronalde de Ramos Barros, de cunho racista, agressivo e preconceituoso contra os povos indígenas e profissional indígena que atuam no distrito Araguia. Desta maneira, reiteramos o profundo repúdio ao que aconteceu. Lutaremos para que atos como estes não ecoem de maneira a que não encontrem o respaldo.

Pediu o apoio dos povos indígenas de todo o país e das pessoas que defendem as causas indígenas, ao ministério público para a investigação e providências.

A gravação de áudio foi gravada pelo profissional e conselheiro distrital de saúde indígena. Os relatos dos parentes conta que não essa não foi a primeira vez que o coordenador usou de sua autoridade para humilhar os funcionários indígenas.

Fonte: G1

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