Mãe da Semana: Beatriz Andrade – Você sabe o que é Displasia do Desenvolvimento do Quadril?
Há pouco mais de um ano ganhei o melhor presente que poderia sonhar, a minha pequena Helena. Quando a Lelê nasceu, a alegria foi indescritível, mas acompanhada também de muita preocupação. Por ter permanecido na posição pélvica (sentada) durante toda a gestação, minha bebê apresentou Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) – uma instabilidade ou frouxidão da articulação do quadril (coxo-femoral). Por esse motivo ela precisou usar um suspensório ortopédico que mantinha as suas perninhas abertas por 2 meses, até que o quadro fosse normalizado.
Durante o tratamento só podíamos tirar o suspensório para dar banho. A troca de fralda era uma dificuldade e as roupinhas que comprei no enxoval, muitas não pude usar. Além de todas as novidades da maternidade, fazer as atividades do dia-a-dia sem forçar o fechamento das perninhas da Lelê tornava tudo um pouco mais complicado – principalmente para uma mãe de “primeira-viagem”!
Contudo, essa preocupação com a nova rotina era pequena comparada com as incertezas e dúvidas relacionadas ao tratamento e a recuperação da Helena.
Se diagnosticada precocemente, na grande maioria dos casos, a DDQ é tratada apenas com o uso do Suspensório de Pavlik, como aconteceu com a Helena. Porém, muitas crianças são diagnosticadas tardiamente e precisam ser submetidas a cirurgias, imobilização do quadril com gesso (por meses), dores e muito sofrimento.
A falta de informação é um agravante para os diagnósticos tardios. Antes de ter descoberto a Displasia de Quadril da minha filha eu nunca tinha ouvido falar sobre o assunto. Conversando com outras mães que passaram pela mesma situação, percebo que elas também não. Quanto mais divulgada for a DDQ e seus fatores de risco, menos crianças serão submetidas a tratamentos invasivos que poderiam ser evitados com o uso do suspensório durante os primeiros meses de vida.
Alguns bebês são diagnosticados ainda na maternidade por meio das manobras de Ortolani e Barlow. Nesses casos, o médico descobre um “clique” no quadril, que indica uma possível luxação. No caso da minha filha as manobras não detectaram a Displasia, pois seu quadril estava subluxado. Por isso, só descobrimos por meio de um ultrassom da região, solicitado pelo ortopedista pediátrico.
Portanto, mamães, atentem-se aos fatores de riscos listados abaixo.
- História familiar de displasia de quadril.
- Posicionamento pélvico no útero materno.
- Torcicolo ou má formação no pé.
- Peso ao nascimento superior a 4,200kg
- Idade materna superior a 35 anos.
- Um “clique” no quadril.
Se você se encaixar em alguma dessas situações, questione o pediatra. E se ainda sim tiver alguma dúvida, agende uma visita ao ortopedista pediátrico.
Não corram o risco de ver seus filhos com dificuldade para andar, dores no quadril e com grande chance de desenvolverem osteoartrite e outras patologias na fase adulta.
Apesar das dificuldades da rotina com o Suspensório de Pavlik, nada se compara a felicidade de saber que um simples aparelho ortpédico evitou um grande sofrimento futuro.
Agradeço ao “Mães em Ação” pela oportunidade de divulgar o assunto!
🙂
Ela começou a usar o suspensório com qnts dias? e quanto tempo ela usou?
No post tem o contato da Beatriz, da loja Dela, peço a gentileza que q contate bjos