Mãe perde filho e conta que recebeu ligação falando “as pessoas não querem ver foto de defunto”
Uma mãe usou as redes sociais para desabafar um absurdo que ouviu em relação ao seu filho.
As pessoas estão perdendo a noção do que pode ou não falar para o próximo. Estão se empoderando do mal, atrás de telefones ou redes sociais para falar coisas inimagináveis para outras.
A falta de respeito, compaixão, empatia são fatos recorrentes nas vidas de algumas pessoas e ela fazem isso por prazer.
Além de ter que lidar com a perda de seu único filho, que é uma dor imensurável, uma mãe ainda teve que lidar com comentários totalmente inapropriados de uma “conhecida”.
Foi o que aconteceu com Márcia Freire de Souza, moradora de Boquim, no estado de Sergipe.
A ligação
Márcia foi supreendida com uma ligação de uma ex-vizinha falando a ela para não postar mais a foto de seu filho, no primeiro momento, disse que era para a Márcia não sofrer e se lembrar dele.
Todavia, no final da ligação ela disse a Márcia que as pessoas não querem ficar “vendo fotos de defuntos“, de pessoas que faleceram na internet.
Acontece que, essa conhecida que é uma ex-vizinha por já ser inoportuna, não tinha acesso as redes sociais de Márcia, mas mesmo assim ficava buscando saber da vida dela.
“Alguém deve ter mostrado a foto a ela, eu nunca aceitei essa pessoa como amiga em minhas redes sociais, e agora menos ainda”, contou Márcia.
Márcia, infelizmente, perdeu o filho Rodrigo, de 17 anos, por complicações causadas pela síndrome rara que ele tinha, a síndrome de Rubstien Taybi, há três meses atrás.
Após a perda do filho, Márcia usa as redes sociais para fazer posts de homenagem os filho.
Em seu post Márcia ainda falou que vai continuar postando as fotos de seu filho, porque ele sempre será lembrado e estará em sua vida.
Contudo, esse é mais um caso, de como as pessoas perderam a noção nos meios digitais, acham que podem fazer o que quiserem, falarem o que quiserem. Mas não podem.
Entretanto, Márcia optou em não tomar providênecias em relação ao que aconteceu. Mas alerta: “se ela continuar vou atrás do meus direitos“.
Os crimes
A conduta da vizinha de falar o que quis e ofender a mãe pode ser considerada crime de injúria, pois qualquer imputação (opinião) pessoal (insultos, xingamentos…) de uma pessoa em relação à outra, caracteriza o crime de Injúria. Crime o qual está previsto no artigo 140, do Código Penal.
Injuriar alguém, significa imputar a este uma condição de inferioridade perante a si mesmo, pois ataca de forma direta seus próprios atributos pessoais.
E pelo fato de “perseguir” Márcia, buscando ver o que ela faz nas redes sociais, e importuná-la ela poderá responder sobre assédio virtual.
Assédio virtual é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro.
Saiba o que fazer em caso de assédio virtual:
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As pessoas tem que ter mais ciência que não podem falar e fazer o que querem, e que internet não é terra de ninguém.
Síndrome de Rubinstein-Taybi
A Síndrome de Rubinstein-Taybi (SRT) é uma doença genética causada por anomalia do cromossomo 16, de incidência rara, com a proporção de 1:125.000 nascidos vivos. As características físicas incluem baixa estatura, polegares largos, anomalias craniofaciais, estrabismo, alterações morfológicas dos dentes, cardiopatias, complicações respiratórias, déficit mental e atraso no desenvolvimento.
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